O instrumentador cirúrgico desempenha um papel fundamental na garantia da segurança do paciente, na eficiência do procedimento e na prevenção de complicações. No entanto, para exercer sua função com excelência e minimizar os riscos ocupacionais, é necessário estar ciente de uma série de cuidados que vão muito além da técnica.

Neste post, abordaremos as 7 precauções fundamentais que esses profissionais devem seguir. Desde a utilização adequada de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) até a importância da comunicação eficaz entre os membros da equipe, cada ponto é crucial para a segurança no centro cirúrgico.

O que é e o que faz o instrumentador cirúrgico?

O instrumentador cirúrgico é um profissional de extrema importância durante um procedimento operatório, atuando como braço direito do cirurgião. Suas principais responsabilidades incluem:

  • Preparar o ambiente cirúrgico: envolve a organização das salas de cirurgia com equipamentos, medicamentos e materiais necessários, além de realizar os procedimentos de esterilização necessários para garantir a segurança do paciente.
  • Preparar o instrumental cirúrgico: é outra responsabilidade desse profissional, que deve organizar e preparar o instrumental conforme o tipo de cirurgia a ser realizada.
  • Auxiliar durante a cirurgia: o instrumentador é responsável por auxiliar o cirurgião e a equipe médica, fornecendo os instrumentos necessários e antecipando possíveis necessidades.
  • Manter a contagem de instrumentos: é papel do instrumentador cirúrgico garantir que todos os instrumentos utilizados durante a cirurgia sejam contados antes e após o procedimento, a fim de evitar deixar objetos dentro do paciente.

A presença do instrumentador cirúrgico é essencial em toda cirurgia?

A presença do instrumentador cirúrgico não é apenas essencial, mas obrigatória em praticamente todas as cirurgias.

Isso ocorre porque suas funções vão além do apoio durante o procedimento em si, abrangendo também todo o processo de preparação para garantir que tudo ocorra sem problemas e com a máxima segurança.

Portanto, mesmo que a sua presença não seja necessária em operações de baixa complexidade, ainda é fundamental seu papel no pré e pós-operatório, como organização e esterilização de materiais e instrumentos.

Quais são os riscos que os instrumentadores cirúrgicos estão expostos em sua atuação profissional?

Os instrumentadores cirúrgicos estão expostos a diversos riscos em sua atuação profissional. Alguns dos principais incluem:

  • Riscos Biológicos: Os instrumentadores lidam com sangue, fluidos corporais e tecidos, o que os expõe a patógenos como vírus e bactérias.
  • Riscos Físicos: São fatores ambientais que podem afetar a saúde e a segurança do instrumentador. Eles podem incluir ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, entre outros.
  • Riscos Ergonômicos: A posição prolongada em cirurgias pode levar a problemas musculoesqueléticos, como dores nas costas e lesões por esforço repetitivo. Além disso, há o risco de quedas e lesões acidentais no ambiente cirúrgico.
  • Riscos Químico: O uso de agentes de esterilização e a exposição a substâncias químicas podem causar danos à saúde dos instrumentadores cirúrgicos.
  • Riscos Psicossociais: Os resultados de um estudo sobre a qualidade de vida dos profissionais que atuam no centro cirúrgico revelam que o aspecto que mais gera estresse para eles é o ambiente fechado em que atuam, além de outros fatores como sobrecarga de trabalho.

7 cuidados essenciais para a segurança do instrumentador, equipe e pacientes

Para garantir a segurança do instrumentador cirúrgico, da equipe e dos pacientes durante as cirurgias, são necessários cuidados essenciais. Aqui estão algumas diretrizes importantes:

1 — Higienização das mãos:

É fundamental lembrar que a higienização adequada das mãos é uma ação simples, porém altamente eficaz na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Essa prática é essencial para garantir um ambiente seguro e reduzir significativamente o risco de transmissão de agentes infecciosos.

2 — Uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI):

Durante os procedimentos cirúrgicos, é imprescindível que o instrumentador e toda a equipe médica utilizem EPIs, como luvas, aventais, máscaras e óculos de proteção. Esses equipamentos visam evitar contaminações nos pacientes e proteger os profissionais contra a exposição a patógenos perigosos. O descarte adequado desses itens também é fundamental para manter a proteção e evitar riscos à saúde.

3 — Utilização de listas de verificação para segurança cirúrgica:

As listas de verificação são ferramentas úteis para as equipes durante procedimentos cirúrgicos, pois auxiliam na verificação de aspectos críticos de segurança. Essas listas podem ser personalizadas conforme as necessidades específicas de cada instituição de saúde, o que possibilita uma avaliação completa e abrangente do paciente.

4 — Higienização correta dos instrumentos cirúrgicos:

A correta higienização dos instrumentos cirúrgicos é de extrema importância, uma vez que desempenha um papel crucial na garantia da segurança do paciente durante os procedimentos. Quando os instrumentos não são devidamente limpos e esterilizados, o risco de infecções e complicações pós-operatórias aumenta.

5 — Comunicação efetiva:

Para garantir o sucesso e a segurança de um procedimento cirúrgico, é fundamental manter uma comunicação clara e eficiente entre todos os membros da equipe. Isso permite uma coordenação adequada da assistência prestada e ajuda a prevenir erros durante o procedimento.

6 — Contagem cirúrgica:

Durante uma cirurgia, a contagem cirúrgica é um procedimento essencial que tem como objetivo o registro de todo o material utilizado no campo estéril. Essa prática é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir que nenhum objeto seja deixado inadvertidamente dentro do paciente, evitando possíveis complicações após a cirurgia.

7 — Treinamento contínuo:

Investir em treinamento e atualização constante para a equipe cirúrgica é fundamental para garantir que todos os membros estejam bem-preparados e informados sobre as melhores práticas e protocolos de segurança. Isso cria um ambiente de trabalho seguro e eficiente, o que resulta em cuidados de saúde de qualidade para os pacientes.

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Por fim, como vimos, o papel do instrumentador cirúrgico é essencial, independentemente do grau de complexidade da cirurgia, tendo como objetivo aumentar a segurança e o sucesso do procedimento.

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