O uso de Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.) é muito importante para todas as atividades, principalmente aquelas que oferecem grande risco ao trabalhador. No caso dos profissionais que cuidam de animais, o uso de EPI’s para veterinários, além de proteger contra acidentes, é uma questão de saúde.

Com o avanço dos serviços para pets, é imprescindível que os estabelecimentos estejam de acordo com as normas sanitárias e ofereçam serviços mais seguros, o que inclui a adoção de itens de proteção essenciais para prevenir doenças que podem ser transmitidas tanto de animais para humanos quanto de animais para animais.

Neste artigo, conheça a importância dos EPI’s para evitar acidentes e outros danos aos seus funcionários e animais de estimação, proporcionando maior qualidade nos serviços prestados.

 

O crescimento do mercado pet e a importância dos EPI’s para veterinários

No Brasil, o rendimento do mercado pet aumentou 28% em comparação ao ano de 2021. Só o setor que oferece serviços veterinários cresceu em torno de 14,3%, seguido pelo pet care, conhecido como banho e tosa ou estética. Os dados demonstram amplo crescimento desse mercado em quantidade e qualidade. Isso significa alta demanda de profissionais qualificados e a necessidade de estabelecimentos seguros para realizar os cuidados com os pets. Nesse sentido, entra a questão do uso dos EPIs como fator primordial de segurança tanto para os profissionais como para a saúde dos animais.

Ao lidar com animais, existe o risco de o profissional sofrer alguns acidentes físicos, como cortes, arranhões ou mordidas. Além disso, os veterinários que lidam com secreções e lesões podem contrair patógenos, adoecer ou infectar clientes e animais saudáveis.

Com o uso de equipamentos adequados, tanto o profissional de medicina veterinária quanto os animais de estimação evitam contaminações, acidentes e ficam protegidos.

 

Quais são os riscos mais comuns para os profissionais de clínicas e estabelecimentos veterinários?

Os perigos estão presentes no cotidiano de todo profissional da Medicina Veterinária. Segundo um estudo elaborado pela Business Insider, os veterinários ocupam o quarto lugar entre as profissões que mais oferecem riscos ao trabalhador.

Os riscos mais comuns são: exposição a doenças, infecções e contaminações por meio do contato com ferimentos. Confira cada um dos riscos:

 

Físicos

Ferimentos resultantes de mordidas e arranhões são muito frequentes na clínica veterinária. Por isso, o uso dos EPIs é um ótimo aliado na proteção, além de ser obrigatório pela legislação. No entanto, o profissional que lida com exames que utilizam radiação, como raio-x, para identificar alterações nos animais e propor diagnósticos, também está exposto a riscos, pois o excesso de radiação pode causar sérios problemas de saúde ao veterinário. Portanto, o uso de equipamentos de proteção como jalecos e aventais específicos são de extrema importância.

 

Químicos

Materiais de limpeza, produtos para desinfecção e medicações podem trazer riscos à saúde. Profissionais veterinários que manipulam essas substâncias sem a proteção adequada podem se contaminar pelas vias aéreas, mãos e boca.

 

Biológicos

Durante as interações com os animais, pode ocorrer contato com secreções e fluidos contaminados. E sem os EPI’s para veterinários, se houver cortes ou outras lesões, pode-se levar à infecção do trabalhador e outros pacientes. As interações biológicas de diferentes animais que ocorrem por meio da agricultura e pecuária ajudam no surgimento de novos vírus e infecções. Veterinários que lidam com animais do campo têm mais riscos de contrair algumas doenças, pois é nesse ambiente que vírus como o da gripe, por exemplo, sofre mutações genéticas. Portanto, o uso de EPI’s para veterinários não só é fundamental, mas é uma medida de segurança e proteção da vida.

 

Psicossociais

Além dos riscos de doenças físicas e biológicas, há o adoecimento mental. Assim como acontece com as demais profissões, a falta de ambiente adequado para exercer as suas funções aliadas ao aumento da carga de trabalho pode ocasionar esgotamento. Surgem então doenças como a Síndrome de Burnout, ocasionada pelo esgotamento mental, físico e excesso de estresse.

 

Ergonômico

Pode acontecer de o profissional permanecer durante horas na mesma posição ou levantar peso excessivo. A lombalgia é uma doença ocupacional que afeta os veterinários, seus auxiliares, além dos problemas musculares nas mãos e dedos. Ao realizar procedimentos com animais de grande porte, há o uso da força, além da má postura corporal. Isso compromete a saúde física do profissional. As lesões musculares por repetição também são adquiridas, principalmente após operações cirúrgicas de longas horas. Prezar pela adequação dos materiais, mesas e cadeiras não só melhora a saúde do profissional como facilita a realização dos atendimentos clínicos.

 

Imunoalérgico

Olhos lacrimejantes, espirros e obstrução nasal são um dos sintomas de alergias que ocorrem quando não há proteção adequada para o trabalhador. O veterinário, ao entrar em contato com fluidos e outras secreções, sem os devidos EPI’s, pode desenvolver reações alérgicas por meio das vias aéreas. A presença de dermatite é muito comum nesses profissionais. Tanto pelo uso excessivo de materiais com látex, quanto pela lavagem das mãos em excesso. Essas ações potencializam as doenças imunoalérgicas.  Prevenir por meio da proteção correta e ambiente adequado de trabalho é fundamental.

 

Quais EPI’s para veterinários devem ser utilizados?

Como qualquer outra área da saúde, a medicina veterinária necessita de materiais de proteção para garantir maior segurança para os profissionais e pacientes. Por isso, é importante o uso dos seguintes equipamentos:

 

Avental como um dos EPI’s para veterinários

Protege o profissional de possíveis agentes infecciosos principalmente durante procedimentos cirúrgicos. O material deve ser resistente e esterilizado, se for possível. E precisa ser descartado de forma adequada.

 

Máscara

Ao lidar com secreções, fluidos e compostos químicos, o médico veterinário corre o risco de contrair infecções pelo ar. Nesse caso, o uso da máscara protege a boca e o nariz de contaminações por vírus que podem ser transmitidos através de espirros e tosses, por exemplo. Além disso, ao manipular produtos químicos e medicamentos é essencial que a máscara seja usada para evitar problemas respiratórios e outras doenças.

 

Touca

O uso da touca pelos veterinários, além de proteger os animais de contrair infecções em cirurgia e outros procedimentos, também evita que o colaborador seja “contaminado” por algum microrganismo que danifique o couro cabeludo. Por isso, esse item de segurança é indispensável.

 

Luvas como EPI’s para veterinários

As luvas são essenciais e devem ser obrigatórias sempre que o profissional for manipular produtos e secreções de animais, além de fármacos. Elas protegem contra contaminações e devem ser trocadas constantemente.

 

Calçados de Proteção

O uso de botas ou sapatos fechados evita acidentes físicos como escorregões que podem acontecer em clínicas e outros estabelecimentos. Também é útil para evitar mordidas. O ideal é que sejam de material impermeável e antiderrapante.

 

Óculos

Os óculos protegem os olhos de acidentes com objetos cortantes e pontiagudos, como também do contato com fluidos que podem ocasionar doenças, além do uso de equipamentos rotatórios.

 

O que diz a legislação sobre EPI’s para veterinários em clínicas, laboratórios e hospitais?

Todo ambiente hospitalar precisa seguir regras de controle para prevenção de doenças e outras enfermidades.

Norma Regulamentadora NR-32, estabelece medidas básicas de proteção aos trabalhadores da saúde humana e animal.

Em conjunto com ela, é importante que você saiba que existe a Lei do EPI obrigatório, regulamentada pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Ela impõe às empresas a responsabilidade de fornecer equipamentos de proteção aos trabalhadores de todas as esferas profissionais.

No caso de clínicas e laboratórios que prestam serviços para pets, os EPI’s para veterinários e seus auxilares são de uso essencial e obrigatório, tendo em vista todos os riscos aos quais estão expostos profissionais e animais.

No entanto, para que essa obrigatoriedade seja cumprida, a NR-32 é usada como parâmetro pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (ANVISA), órgão que fiscaliza diversas atividades, incluindo os serviços veterinários.

Além disso, a adoção de medidas preventivas, como o uso de itens de proteção capacita os trabalhadores para exercer suas funções de forma segura.

Outro fator importante é a presença de trabalhadores da segurança do trabalho nas clínicas e hospitais veterinários. Eles são os responsáveis por treinar os médicos e demais profissionais quanto ao uso dos equipamentos de proteção.

Vale destacar também que:

  • Todo EPI deve ser comprado de fornecedores autorizados pela ANVISA;
  • Devem possuir certificação aprovada pelo Ministério do Trabalho;
  • A empresa deve conscientizar os trabalhadores através de cursos e palestras a respeito dos perigos aos quais estão expostos os veterinários.

 

A importância da imunização dos profissionais veterinários

Por manusearem itens perfurocortantes, o uso de materiais de proteção pelos profissionais veterinários é mais que essencial, como aventais e luvas. Afinal, os cortes e outras lesões são a porta de entrada para inúmeras doenças que podem levar até à morte. A vacinação é outro fator importante. Sua relação com o uso de EPIs fortalece a proteção do profissional e dos animais, pois o risco de transmitir e contrair doenças é minimizado.

Em resumo, a legislação estabelece além do uso indispensável de EPIs para veterinários e equipe, a adoção de esquema vacinal em dia para todos os especialistas.

O não-cumprimento dessas normas pode ocasionar prejuízos aos estabelecimentos, já que a ANVISA aplica multas a empresas que não seguem os padrões.

 

Considerações finais

Com o uso de EPI, os profissionais podem reduzir os riscos para si, para seus pacientes e equipe. Proteger funcionários e clientes é fator importante na gestão de um negócio de sucesso.

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Revisão Científica:

Prof. Dr. Marco Antonio Gioso

CRMV-SP: 5642

Professor livre-docente da Universidade de São Paulo.

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Um comentário

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