Você já parou para pensar nos riscos que podem estar presentes no seu ambiente de trabalho? Seja em um escritório, uma fábrica ou até mesmo em um canteiro de obras, a segurança dos colaboradores precisa ser uma preocupação constante.

Os riscos ocupacionais, que incluem desde acidentes físicos até exposições a substâncias químicas, podem impactar não apenas a saúde dos trabalhadores, mas também a produtividade e a reputação das empresas.

Neste artigo, abordaremos tudo o que você precisa saber sobre riscos ocupacionais: o que são, como identificá-los, quais são as legislações pertinentes e, principalmente, como preveni-los.

Continue a leitura e descubra como criar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, garantindo bem-estar para todos e evitando consequências indesejadas.

O que são riscos ocupacionais?

Os riscos ocupacionais representam a possibilidade de um trabalhador sofrer prejuízos à sua saúde física ou mental devido às suas atividades profissionais.

Eles estão presentes em diversos setores, em diferentes níveis, e podem causar acidentes ou doenças ocupacionais.

Tipos de riscos ocupacionais

Existem diversos tipos de riscos ocupacionais, que podem ser classificados em cinco categorias principais. Vamos conhecer cada uma delas!

  1. Riscos físicos: estão relacionados às condições do ambiente de trabalho, como exposição a ruídos, vibrações, temperaturas extremas, radiações ionizantes e não ionizantes, entre outros.
  2. Riscos químicos: são provenientes da exposição a substâncias químicas, como poeiras, gases, vapores, fumos, entre outros, que podem causar danos à saúde dos trabalhadores.
  3. Riscos biológicos: relacionam-se à exposição a agentes biológicos, como vírus, bactérias, fungos e parasitas, presentes em ambientes de trabalho como hospitais, laboratórios e ambientes de produção de alimentos.
  4. Riscos ergonômicos: estão ligados às condições inadequadas de trabalho, como posturas incorretas, esforço físico excessivo, repetitividade de movimentos, mobiliário inadequado, entre outros.
  5. Riscos de acidentes: relacionados a situações que podem causar lesões físicas imediatas, como quedas, cortes, queimaduras, choques elétricos, entre outros.

Qual a importância das cores para identificação dos riscos ocupacionais?

A identificação dos riscos ocupacionais por cores é uma ferramenta importante para a gestão da segurança do trabalho.

Ela permite que empresas e trabalhadores visualizem de forma clara e rápida os potenciais perigos em cada área, facilitando a implementação de medidas preventivas e de conscientização.

As cores utilizadas para identificar os diferentes tipos de riscos ocupacionais são:

Riscos Ocupacionais e suas cores

O significado de cada cor nos riscos ocupacionais

Mapa de riscos

A classificação acima é principalmente usada no Mapa de Riscos Ocupacionais, que é basicamente a planta baixa do local de trabalho.

Nele, cada ambiente é detalhado com informações sobre os perigos presentes, indicados por círculos coloridos de diferentes tamanhos.

Sua elaboração deve ser feita por profissionais qualificados, como os membros da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio – CIPA) ou do SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho).

É essencial manter o mapa sempre atualizado para acompanhar as mudanças no ambiente de trabalho.

Novos processos, equipamentos ou substâncias podem ser introduzidos, alterando o cenário de riscos. Por isso, a revisão periódica é fundamental para garantir a eficácia das medidas de prevenção e proteção.

Mapas de riscos ocupacionais

Mapa de riscos

Quais são os passos para prevenção dos riscos ocupacionais?

Para garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores, é preciso seguir uma série de medidas para evitar os riscos ocupacionais:

  1. Identificação dos riscos: realizar uma avaliação detalhada do ambiente de trabalho para identificar todos os possíveis riscos ocupacionais, como substâncias químicas, equipamentos perigosos, condições ergonômicas inadequadas, entre outros.
  2. Avaliação dos riscos: após identificar os riscos, é importante avaliá-los quanto à sua gravidade e probabilidade de ocorrência. Essa análise ajuda a priorizar quais riscos precisam de atenção imediata.
  3. Implementação de medidas de controle: com base na avaliação, devem ser adotadas medidas de controle adequadas, como o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), instalação de barreiras de segurança, melhorias ergonômicas, entre outras ações preventivas.
  4. Desenvolvimento de procedimentos de segurança: o próximo passo é criar e documentar procedimentos operacionais padrão (POPs) que orientem os trabalhadores sobre como realizar suas tarefas de forma segura.
  5. Monitoramento constante: é fundamental realizar monitoramentos constantes das condições de trabalho e da efetividade das medidas de controle adotadas. Isso envolve a revisão regular dos mapas de risco e a atualização dos procedimentos conforme apropriado.
  6. Registro e análise de acidentes: registrar e analisar acidentes e quase-acidentes é essencial para identificar suas causas e promover melhorias que evitem a ocorrência desses eventos no futuro.
  7. Participação dos trabalhadores: é válido incentivar a participação ativa dos trabalhadores na identificação e prevenção dos riscos ocupacionais, por meio de programas de sugestões, comitês de segurança e saúde, entre outras formas de engajamento.
  8. Cumprimento das normas regulamentadoras: seguir as normas e regulamentos estabelecidos pelos órgãos competentes, como o Ministério do Trabalho e Emprego, para garantir a conformidade legal e a segurança no ambiente de trabalho.

O que diz a legislação sobre riscos ocupacionais?

A legislação brasileira sobre riscos ocupacionais é abrangente e tem como objetivo garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores. Vamos dar uma olhada em alguns dos principais pontos e normas que regem essa questão:

Constituição Federal

O artigo 7º da Constituição Brasileira assegura aos trabalhadores o direito de:

“XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”.

Normas Regulamentadoras (NRs)

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estabelece diversas Normas Regulamentadoras que tratam de segurança e saúde no trabalho. Algumas das mais relevantes incluem:

  • NR-1: Disposições Gerais, que estabelece diretrizes sobre gerenciamento de riscos ocupacionais.
  • NR-5: Trata da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA), que visa evitar acidentes e doenças profissionais.
  • NR-6: Regula o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), determinando que a empresa deve fornecer esses equipamentos adequados aos riscos.
  • NR-7: Estabelece a obrigatoriedade de programas de controle médico e saúde ocupacional (PCMSO) em empresas, visando a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores.
  • NR-9: Aborda a avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos.

Além dessas normas, existem diversas outras específicas para cada tipo de risco, como:

  • NR-32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.
  • NR-10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.
  • NR-13: Segurança na Utilização de Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações.
  • NR-33: Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados.
  • NR-35: Trabalho em Altura.

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)

A CLT estabelece os direitos e deveres dos trabalhadores e empresas, incluindo a responsabilidade do empregador em garantir um ambiente seguro.

O Art. 157 também determina que a empresa deve instruir os funcionários sobre as precauções a serem tomadas para evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.

Quais são as consequências para as empresas que não adotam as medidas de prevenção?

As empresas que não adotam medidas de prevenção de riscos ocupacionais podem enfrentar uma série de consequências negativas, tanto do ponto de vista legal quanto financeiro e reputacional. Veja algumas das principais implicações:

Multas e penalidades

O não cumprimento das normas de segurança e saúde no trabalho pode gerar multas expressivas aplicadas pelos órgãos fiscalizadores, como o Ministério do Trabalho e Emprego. As penalidades podem variar conforme a gravidade da infração.

Aumento de acidentes de trabalho

A falta de medidas preventivas pode levar a um aumento na ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais, resultando em lesões e até fatalidades. Isso não só prejudica os trabalhadores, mas também impacta a produtividade da empresa.

Afastamentos e licenças médicas

Acidentes e doenças decorrentes do trabalho podem levar à ausência dos colaboradores, acarretando custos extras com licenças médicas e contratações temporárias, além de influenciar negativamente o ânimo da equipe.

Processos judiciais

Funcionários que se sentirem prejudicados por condições inseguras de trabalho podem entrar com ações judiciais contra a empresa. Isso pode resultar em custos legais e indenizações consideráveis, impactando significativamente as finanças da empresa.

Danos à reputação

Empresas que não priorizam a segurança e o bem-estar de seus colaboradores estão sujeitas a prejudicar sua imagem e reputação. Isso pode abalar a confiança de clientes, parceiros e até mesmo afastar possíveis talentos.

__________________

As consequências de não adotar medidas de prevenção de riscos ocupacionais podem ser severas e abrangentes, afetando não apenas a saúde e segurança dos trabalhadores, mas também a sustentabilidade e o sucesso da empresa a longo prazo.

Portanto, investir em segurança no trabalho é uma escolha inteligente e necessária. Clique no link e entenda sobre a importância do tema para as empresas.

 

 

 

 

 

Compartilhe esta notícia

Deixe uma resposta