Toda e qualquer atividade profissional oferece riscos para a saúde dos trabalhadores e com os profissionais da indústria farmacêutica não seria diferente.

Os riscos ocupacionais são os perigos enfrentados pelos profissionais em seu ambiente laboral. Eles são responsáveis por causar doenças ou acidentes de trabalho.

O uso de estufas e refrigeração pode trazer riscos físicos, enquanto o uso inadequado de computadores pode trazer riscos ergonômicos. A exposição dos profissionais aos princípios ativos manipulados no preparo de medicamentos pode acarretar riscos químicos, entre outros.

Até aqui você já deve ter notado que os serviços de saúde propiciam uma variedade de riscos aos seus colaboradores, certo?

Mas, como se preparar para enfrentar os riscos ocupacionais cada vez mais comuns na indústria farmacêutica? Continue lendo para saber mais sobre isso.

Quais são os principais riscos ocupacionais para os profissionais da indústria farmacêutica?

A indústria farmacêutica é a responsável pela produção de medicamentos eficazes e seguros para nossa saúde. O objetivo é contribuir com a melhor qualidade de vida da população.

A RDC 17 dispõe sobre as boas práticas de fabricação, assegurando a qualidade do que é produzido, de forma a reduzir os riscos inerentes à produção dos fármacos.

Acontece que o profissional que atua nessa área precisa superar ainda os riscos oferecidos em seu ambiente de trabalho.

A Secretaria de Inspeção do Trabalho divide os riscos ocupacionais em categorias. Listamos abaixo os tipos:

• Riscos Físicos

Os riscos físicos são aqueles que utilizam o ar como condução. Aqueles que se propagam por meio do ar como, por exemplo, os ruídos, a pressão, a radiação, as vibrações, a temperatura, entre outros.

• Riscos Biológicos

Os biológicos são aqueles provocados por agentes patogênicos como bactérias, vírus, protozoários e fungos. Considerado um tipo de risco ambiental, assim como o físico.

• Riscos Químicos

É uma categoria de risco decorrente da exposição do profissional aos agentes químicos que se encontram no ambiente.

São considerados agentes químicos os asfixiantes, os tóxicos, os anestésicos, bem como os cancerígenos.

• Riscos Mecânicos

São aqueles ocasionados pela falta de observação dos procedimentos de segurança e saúde ocupacional, por ausência de limpeza, insuficiência de manutenção ou uso inadequado de equipamentos, carência de treinamentos, entre outros.

Os agentes mecânicos mais comuns são ferramentas de trabalho inapropriadas, armazenamento inadequado de insumos, riscos de queda, incêndio ou explosão, ausência de manutenção dos maquinários, falta de treinamento dos colaboradores e não uso dos equipamentos de proteção individual necessários.

• Riscos Ergonômicos

Podem surgir quando o colaborador executa sua atividade laboral sem a devida técnica e em condições inadequadas.

São considerados riscos ergonômicos a postura inadequada, o excesso de trabalho, a iluminação inapropriada, jornadas extenuantes de trabalho, entre outros.

Algumas doenças ocupacionais podem ser causadas pelos riscos ergonômicos, como, por exemplo, surdez temporária ou permanente, lesões por esforço repetitivo (LER), depressão, ansiedade, estresse etc.

Quais as normas de segurança do trabalho regem a indústria farmacêutica?

O Ministério do Trabalho e Emprego, quando aprovou as Normas Regulamentadoras (NRs), teve como principal objetivo determinar os requisitos técnicos, bem como legais a respeito dos entendimentos básicos de segurança e saúde ocupacional no território brasileiro.

As normas de segurança do trabalho são obrigatórias tanto para empresas quanto para os órgãos da administração pública.

Elas visam a conservação da saúde, da segurança e da integridade dos profissionais que atuam na indústria farmacêutica. É através delas que as empresas são incentivadas a utilizar os parâmetros de qualidade e melhoria das condições de trabalho.

A NR-5 trata da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a CIPA. O objetivo dessa comissão é prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

Outra importante é a NR-6, aquela que regulamenta o uso de equipamentos de proteção individual durante a execução do trabalho. Ela garante a obrigatoriedade de os empregadores fornecerem os equipamentos adequados para cada atividade e de forma gratuita.

Já a NR-17 estabelece os parâmetros a serem utilizados no que diz respeito à ergonomia.

A principal norma regulamentadora que aborda o bem-estar e integridade física e mental dos profissionais de serviços de saúde é a NR-32.  Ela estabelece as diretrizes mínimas para que sejam implementadas medidas de proteção à segurança e à saúde dos profissionais da saúde.

O cumprimento das normas regulamentadoras é de responsabilidade do colaborador e da organização e sua não observância pode gerar punições para ambos.

O órgão fiscalizador é a Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, a SSST, e as sanções sofridas podem ir de multas até pensão vitalícia para o funcionário.

Qual a importância do EPI para a prevenção de riscos na indústria farmacêutica?

É fundamental para a empresa e para o colaborador prevenir, minimizar e, se possível, eliminar os riscos.

Os EPIs são itens obrigatórios para o segmento e devem ser fornecidos pela empresa gratuitamente. Também é necessário que sejam adequados para a atividade laboral e de boa qualidade, para que cumpram sua função.

Os profissionais da indústria farmacêutica têm a obrigação de utilizar as suas ferramentas de forma adequada para o fim a que se destinam e de informar o seu empregador caso detectem qualquer avaria.

É fundamental que os colaboradores se conscientizem sobre o uso correto e obrigatório dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), pois a sua utilização rotineira minimiza os riscos ocupacionais e preserva a integridade física dos profissionais.

O descumprimento da legislação referente ao uso de EPI’s traz inúmeras consequências para a segurança do trabalhador.

Multas, indenizações, demissões, reclamações trabalhistas entre outras sanções podem ser aplicadas pela falta de uso ou execução imprópria.

É importante lembrar que fornecer proteção não é eficaz se o profissional não souber como usá-la adequadamente.

O treinamento é fundamental para que os funcionários se conscientizem sobre o uso, conservação e limpeza dos itens de segurança.

Quais são os EPIs e vestimentas descartáveis indispensáveis na indústria farmacêutica?

Preparamos uma lista com os 6 itens indispensáveis para a proteção dos profissionais da indústria farmacêutica:

1. Luvas como EPI da indústria farmacêutica

São considerados itens de segurança de grande importância para os profissionais da indústria farmacêutica, já que a manipulação de insumos é realizada, na maioria das vezes, com as mãos.

As luvas de segurança são responsáveis por impedir contaminação por substâncias, cortes, queimaduras etc.

2. Macacão em TNT

Os macacões protegem os membros inferiores, superiores, tronco e cabeça, principalmente, dos riscos biológicos e químicos a que são diariamente expostos.

Essas vestimentas de segurança devem ser, de preferência, descartáveis, e seu uso deve se dar apenas no ambiente laboral.

3. Óculos

São uma barreira mecânica contra respingos de substâncias químicas, queimaduras, luminosidade excessiva, entre outros.

Os óculos de segurança devem estar ajustados ao rosto do colaborador de maneira que não incomode a atividade laboral. Além disso, devem ser resistentes e, caso demonstrem qualquer problema, devem ser substituídos de imediato.

4. Protetor respiratório

O uso de protetor respiratório pode ser exigido nos casos de manipulação de produtos químicos que causem toxicidade ou resíduos biológicos contaminantes.

Os respiradores de segurança devem ser utilizados conforme o risco identificado na atividade laboral.

5. Sapatos/Propés

Esses itens devem ser fechados, de modo a cobrir o “peito” do pé, sempre adequados à atividade desenvolvida pelo colaborador.

Os sapatos de segurança e propés podem ser de diversos modelos, mas devem ser antiderrapantes para minimizar o risco de quedas.

Considerações finais

A indústria farmacêutica pode oferecer diversos riscos para os profissionais que nela atuam. Por isso, o uso de vestimentas descartáveis e EPI’s é essencial.

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