A cada ano, 2,3 milhões de vidas são perdidas no mundo devido a acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Esse dado alarmante expõe uma realidade preocupante: a frequente negligência com os impactos dos riscos ocupacionais dentro das empresas.
Neste artigo, vamos explicar esse conceito e mostrar ações eficazes para proteger o recurso mais valioso de um negócio: os colaboradores.
O que é risco ocupacional?
De forma simples, risco ocupacional é a possibilidade de um trabalhador sofrer algum tipo de dano à saúde em decorrência de suas atividades laborais.
Esse dano pode ser físico, como um acidente com máquina, ou mental, como o estresse ocupacional.
Pense, por exemplo, em um funcionário de uma indústria química que lida diariamente com produtos tóxicos sem o Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado.
Ele está exposto a um alto risco ocupacional, com potencial para desenvolver doenças respiratórias, problemas de pele ou até mesmo intoxicações graves.
A legislação que trata sobre os riscos ocupacionais nas empresas
No Brasil, a principal legislação que aborda os riscos ocupacionais é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), especialmente em seu Capítulo V, que trata da Segurança e Medicina do Trabalho.
Além disso, temos as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho, que estabelecem os requisitos técnicos e legais sobre os aspectos de segurança e saúde ocupacional.
Algumas das NRs mais relevantes incluem:
- NR-1: Disposições Gerais E Gerenciamento De Riscos Ocupacionais;
- NR-5: Comissão Interna De Prevenção De Acidentes (CIPA);
- NR-6: Equipamento De Proteção Individual;
- NR-7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
- NR-9: Programa de gerenciamento de riscos (PGR);
- NR-15: Atividades e Operações Insalubres;
- NR-16: Atividades e Operações Perigosas.
É fundamental que as empresas estejam em conformidade com essas normas para garantir a segurança de seus colaboradores e evitar penalidades legais.
Tipos de riscos ocupacionais
Os riscos ocupacionais podem ser classificados em cinco categorias principais:
- Riscos físicos: incluem ruído, vibração, radiação, temperaturas extremas e pressão anormal.
- Riscos químicos: envolvem a exposição a substâncias químicas como gases, vapores, poeiras e fumos.
- Riscos biológicos: relacionados à exposição a microrganismos como bactérias, vírus, fungos e parasitas.
- Riscos ergonômicos: associados a fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, como postura inadequada, movimentos repetitivos e esforço excessivo.
- Riscos de acidentes: referem-se a condições que podem levar a acidentes, como arranjo físico inadequado, máquinas sem proteção, ou ferramentas defeituosas.
Classificação do risco ocupacional
Os riscos ocupacionais podem ser classificados quanto à sua gravidade e probabilidade de ocorrência. Uma matriz de risco comum inclui as seguintes categorias:
- Trivial: risco muito baixo, geralmente aceitável sem medidas adicionais.
- Tolerável: risco baixo, mas que pode requerer algumas melhorias.
- Moderado: requer atenção e medidas de controle.
- Substancial: risco elevado que demanda ação urgente.
- Intolerável: risco extremo que exige intervenção imediata.
Esta classificação ajuda as empresas a priorizar suas ações de prevenção e controle.
Gerenciamento dos riscos ocupacionais nas empresas
O gerenciamento eficaz dos riscos ocupacionais é fundamental para garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável. Para isso, é necessário seguir um processo sistemático que envolve diversas etapas:
- Identificação dos riscos: realizar inspeções detalhadas, análises de tarefas e consultar os trabalhadores para identificar todos os possíveis riscos presentes no ambiente de trabalho.
- Avaliação dos riscos: determinar a probabilidade de ocorrência e a gravidade potencial de cada risco identificado, para priorizar as ações de controle.
- Controle dos riscos: implementar medidas para eliminar ou minimizar os riscos identificados, garantindo a segurança e a saúde dos trabalhadores.
- Comprometimento da alta direção: é essencial que a alta direção da empresa esteja engajada e comprometida com o programa de prevenção, fornecendo recursos e apoio necessários.
- Educação e treinamento: capacitar continuamente os funcionários, conscientizando-os sobre os riscos e fomentando uma cultura de segurança no ambiente de trabalho.
- Monitoramento e revisão: acompanhar constantemente a eficácia das medidas de controle implementadas, realizando revisões periódicas e atualizando as ações conforme necessário.
Impactos dos riscos ocupacionais
Os riscos ocupacionais não controlados podem gerar consequências negativas tanto para os colaboradores quanto para as empresas.
Para os colaboradores, os riscos podem resultar em:
- doenças ocupacionais;
- acidentes de trabalho;
- afastamentos por doença;
- redução da capacidade de trabalho;
- sofrimento físico e mental;
- em casos extremos, até mesmo a morte.
Já para as empresas, os impactos podem incluir:
- aumento dos custos com afastamentos e indenizações por acidentes de trabalho;
- perda de produtividade;
- dificuldade para atrair e reter talentos;
- danos à imagem da empresa;
- processos trabalhistas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que anualmente ocorram cerca de 160 milhões de casos de doenças relacionadas ao trabalho em todo o mundo.
Isso destaca a importância de lidar de forma proativa com os riscos ocupacionais, sendo o uso de equipamentos de proteção individual uma parte essencial desse processo.
A Dexcar, especializada em EPIs e vestimentas descartáveis, pode ser uma importante aliada para a sua empresa, fornecendo os equipamentos adequados para cada tipo de risco ocupacional. Solicite um orçamento!
Redação Dexcar
Revisado por:
Ana Cláudia Peçanha Guadanuci, farmacêutica e responsável técnica da Dexcar -Indústria de Vestimentas Descartáveis e EPI’s.
Sua expertise em EPI’s e Vestimentas Descartáveis, alinhadas às normas ABNT e as NR’s, SST, MTE e ANVISA contribui para um atendimento dedicado aos clientes, desenvolvimento de soluções personalizadas para o mercado hoteleiro, gastronômico, hospitalar e industrial.