Os EPI’s para indústria de alimentos  são essenciais, isso porque ela é um dos setores que mais oferece riscos aos empregados, pois eles estão expostos a processos químicos, físicos e biológicos, devido ao contato com comidas em sua forma natural, congeladas ou processadas.

Por isso, para promover um ambiente de trabalho seguro, as empresas devem buscar condições de proteção aos trabalhadores. Isso contribui para a segurança e aumenta a produtividade.

Nesse sentido, a adoção e o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pela indústria de alimentos se tornam essenciais.

Neste artigo você vai conferir o que são esses equipamentos, seus principais tipos e quais são os riscos aos quais os colaboradores estão expostos todos os dias.

 

A Importância de EPIs para a Indústria de Alimentos

Os acidentes de trabalho ocorrem com muita frequência nas indústrias. Segundo dados da pesquisa realizada pelo Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, entre 2012 a 2018, no Brasil a cada 3 horas uma pessoa morre devido às inseguranças presentes no ambiente fabril.

Os EPIs são objetos que protegem o colaborador de acidentes e minimizam os perigos no ambiente de trabalho. Além de preservar a saúde e a segurança, também evita que os mantimentos sejam infectados, aumentando a qualidade do produto final.

A indústria de alimentos possui fases de produção: processamento, armazenamento, transporte e comercialização dos produtos alimentares. Durante esse processo, pode ocorrer contaminação dos produtos alimentícios de três formas: física, química e biológica.

Já o trabalhador está vulnerável a vários tipos de acidentes e doenças, como: lesões por corte, escorregões, infecções pelo contato com produtos e substâncias, entre outros.

Todas essas situações podem ser evitadas com o uso dos EPIs, que são de grande importância para que o processo fabril seja seguro.

Além disso, fornecer um ambiente com segurança aumenta a produtividade e os custos são reduzidos. Afinal, quando um funcionário sofre acidentes, a empresa deve arcar com os prejuízos e prestar auxílio, gerando gastos ao empregador.

No entanto, não basta apenas aderir ao uso dos EPIs. É preciso que ocorram treinamentos que orientem a utilização adequada de cada tipo de proteção. Também é importante que os materiais fornecidos sejam de boa qualidade.

Ter EPIs como parte da indústria alimentícia é prezar por um ambiente de trabalho seguro, proporcionando aos colaboradores o desempenho de suas funções de forma adequada, com menos riscos e acidentes.

 

Quais os principais riscos aos quais são expostos os trabalhadores da Indústria de Alimentos?

Os trabalhadores participam de todo o processo de produção dos produtos alimentares. Durante esse período, o contato com as mercadorias pode ocasionar problemas de contaminação. Não apenas isso, durante o transporte há riscos de escorregões e lesões.

Vamos conhecer as três principais ameaças aos quais os colaboradores estão expostos:

 

1.   Infecções

O trabalhador ao entrar em contato com produtos alimentícios, sem a devida proteção, pode ser contaminado por fungos e bactérias. Além dos EPIs serem de uso exclusivo e individual, a higienização deles é essencial para evitar que infecções aconteçam.

Logo após o fim do expediente, é de suma importância que todo o material de proteção seja descartado ou encaminhado para o setor de limpeza.

 

2.   Escorregões

Ao se locomover pelo ambiente fabril há a probabilidade de quedas e escorregões. Por exemplo, em uma indústria que produz frango, as temperaturas devem ser abaixo de zero. Muitas vezes, o chão da fábrica congela, ficando propício a quedas e possíveis lesões musculares.

O uso de materiais adequados, como botas, é imprescindível na proteção de possíveis acidentes.

 

3.   Lesões por corte

Ocorre principalmente aos operários que estão no processo de produção dos mantimentos. Por manusearem facas e outros objetos cortantes, há o risco de acidentes.

 

4.   Excesso de frio ou de calor

Dependendo do tipo de alimento produzido, o trabalhador pode sofrer com o excesso de frio ou de calor.

Em ambientes que produzem congelados, é essencial que as temperaturas sejam as mais baixas possíveis para que o produto tenha qualidade. No entanto, é necessário o uso de roupas adequadas pelo colaborador. Assim, ele irá desempenhar suas funções de forma segura, evitando problemas como a hipotermia e queimaduras.

Já nas fábricas que produzem alimentos que precisam de calor, também podem ocorrer queimaduras graves se não houver o uso de roupas apropriadas que o protejam. Normalmente, nesse tipo de produção o avental é o material indicado como suporte.

 

O que diz a legislação sobre o uso de EPIs na indústria de alimentos?

Na legislação brasileira existe a regulamentação por meio da chamada Lei do EPI obrigatório. Ela está presente na CLT e obriga que toda empresa compre equipamentos de proteção, distribua-os gratuitamente e forneça o treinamento para seu uso adequado.

Quanto ao órgão fiscalizador, é a Agência Nacional de Vigilância em Saúde (ANVISA) que realiza esse papel. A fiscalização tem o objetivo de prezar pela segurança e qualidade dos produtos e do trabalhador.

Para isso, a Anvisa fiscaliza se a Norma Regulamentadora NR-6 está sendo cumprida. Essa regra prevê o uso obrigatório dos EPIs em diversas fábricas, incluindo a indústria de alimentos.

Os principais pontos da legislação são:

  • A empresa deve disponibilizar EPIs de forma gratuita aos seus colaboradores. Se isso não ocorrer, será aplicada multa;
  • O setor de segurança no trabalho é o responsável por ensinar sobre o uso dos equipamentos para cada tipo de necessidade, por isso os treinamentos são obrigatórios;
  • Os materiais utilizados devem ter uma certificação de aprovação pelo Ministério do Trabalho, autorizando a sua comercialização;
  • O certificado deve ser renovado a cada 5 anos.

 

Se alguém se machucar por conta de falta de EPIs adequados ou por ausência de orientação, há a opção de pedir indenização perante a Justiça do Trabalho.

A NR6 prevê a obrigatoriedade dos materiais quando:

  • O ambiente industrial não oferece proteção total contra riscos e acidentes;
  • Em situações de emergência;
  • Quando as medidas de segurança ainda estão sendo implantadas.

 

A norma também prevê que o colaborador é o responsável pelo uso do equipamento e deve informar aos superiores quando o material não estiver mais adequado para a função.

 

Quais são os principais equipamentos de EPIs para a indústria de alimentos?

Agora, saiba quais são os principais tipos de materiais de proteção indispensáveis na indústria de alimentos e como eles garantem a segurança dos trabalhadores.

 

1. Luvas como EPI para indústria de alimentos

No ramo alimentício, o uso da luva é importante porque o servidor manuseia não só mercadorias alimentícias, mas outros produtos químicos que podem acarretar acidentes de trabalho. Além de evitar cortes, contaminações e queimaduras.

Em todos os níveis da logística dos alimentos, que vai da produção, controle da qualidade, conferência de produtos e encaminhamento para os locais de destino, deve existir o uso das luvas.

Para cada processo há tipos específicos de luvas. Atividades em que é preciso lidar com componentes químicos e cortes, as luvas nitrílicas são recomendadas. São feitas de fios sintéticos e de inox, resistentes e flexíveis. Não se desgastam com uso de materiais químicos e oferecem maior proteção.

 

2. Botas

As botas oferecem segurança para o trabalhador. Evitando escorregões, protegem de objetos cortantes, umidade e contaminação. Ter um bom calçado também ajuda na realização do serviço.

As botas de PVC são as mais usadas na indústria alimentícia. São mais fáceis de lavar, manusear, impermeáveis e resistentes.

 

3. Roupas térmicas

As vestimentas térmicas servem para agasalhar o colaborador de temperaturas altas e baixas.

Para as indústrias que trabalham com comidas que necessitam ser resfriadas abaixo de 0ºC recomenda-se o uso de blusas, casacos, calças e meias específicas para baixas temperaturas.

O uso de avental é usado em ambientes de muito calor.

 

4. Protetor Auricular

É um equipamento que defende os ouvidos dos ruídos excessivos das fábricas que podem causar danos auditivos aos colaboradores. Por isso, além de trazer segurança e saúde, os protetores auriculares são essenciais para que o empregado desempenhe suas atividades.

 

5. Máscaras

O uso de máscaras protege as matérias primas e o colaborador. A utilização deste equipamento, evita que as matérias primas sejam contaminadas pela saliva do empregado. Além disso, preserva o trabalhador de ser infectado por vírus e bactérias.

 

6. Mangotes

São vestimentas usadas para proteger o empregado de cortes, produtos corrosivos e mudanças de temperatura. É usado de forma conjunta com as roupas térmicas. Por isso é um EPI fundamental.

 

7. Óculos de proteção como EPI para indústria de alimentos

Na indústria alimentícia há o risco de o trabalhador entrar em contato com objetos e substâncias que podem causar cegueira. Por isso é tão importante o uso de óculos de proteção em todo o processo.

 

8. Toucas

É o utensílio obrigatório na indústria de alimentos. As toucas atuam na proteção da cabeça e dos cabelos, evitando que as mercadorias de subsistência sejam contaminadas e que o colaborador adquira alguma infecção.

 

Considerações finais

Esses equipamentos são feitos exclusivamente com o intuito de proteger os operários e os produtos alimentícios. Desse modo a segurança é assegurada e o produto final tem maior qualidade na mesa do consumidor.

 

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