Preocupar-se com a segurança e bem-estar dos trabalhadores é uma responsabilidade fundamental de qualquer empresa.

Uma maneira eficaz de garantir um ambiente de trabalho seguro é através do Gerenciamento de Risco Ocupacional. Essa abordagem estruturada permite identificar, avaliar e controlar os perigos existentes nas atividades laborais.

Neste post, vamos explorar as 5 etapas essenciais do Gerenciamento de Risco Ocupacional, fornecendo uma visão abrangente de como implementar medidas preventivas eficientes. Vamos lá!

O que é gerenciamento de risco ocupacional?

Gerenciamento de Risco Ocupacional é o conjunto de ações que visa prevenir e controlar os perigos que podem afetar a saúde e a segurança dos trabalhadores em suas atividades diárias.

Sua implementação é uma exigência legal prevista na Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), aproximadamente 2,78 milhões de pessoas morrem anualmente por conta de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

No Brasil, apenas em 2021, foram comunicados 571,8 mil acidentes e 2.487 óbitos associados ao trabalho, de acordo com dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho.

Esses números destacam a importância de adotar medidas eficazes para proteger a vida e a integridade dos colaboradores.

Qual a importância do PGR para as empresas?

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é uma ferramenta essencial para que as empresas possam cumprir as normas e regulamentações de segurança do trabalho.

Ele é elaborado com base em uma análise preliminar dos perigos e riscos existentes, considerando as fontes, as circunstâncias e os grupos de trabalhadores expostos. A partir dessa análise, devem ser definidas as medidas de prevenção e proteção adequadas para cada situação.

Além disso, sua implementação traz diversos benefícios, como:

  • Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais;
  • Redução de custos com afastamentos e indenizações;
  • Melhoria no ambiente de trabalho e na produtividade;
  • Valorização da marca e imagem da empresa.

Portanto, o PGR é um investimento que traz retorno tanto em termos financeiros quanto em bem-estar e satisfação dos colaboradores.

Quais são os 5 tipos de risco ocupacionais?

Os riscos ocupacionais são classificados pela NR-9, NR-12 e Portaria 25/1994 em cinco tipos distintos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentais.

Cada categoria possui características próprias e requer medidas específicas de prevenção, conforme a natureza dos perigos e seus efeitos sobre a saúde dos trabalhadores:

Vejamos a seguir:

  1. Riscos físicos: envolvem agentes como ruído, vibração, calor, frio, radiação e umidade, que podem causar danos à audição, à visão, à pele, ao sistema circulatório, ao sistema nervoso etc.
  2. Riscos químicos: referem-se à exposição a substâncias tóxicas, irritantes, corrosivas, inflamáveis ou explosivas, que podem provocar intoxicação, alergias e outras doenças.
  3. Riscos biológicos: incluem vírus, bactérias, fungos, parasitas e outros microrganismos que podem causar infecções e doenças contagiosas.
  4. Riscos ergonômicos: estão relacionados a fatores como postura inadequada, esforço físico excessivo, movimentos repetitivos e estresse, que podem levar a problemas musculoesqueléticos e emocionais.
  5. Riscos acidentais: abrangem situações perigosas que podem resultar em acidentes, como o manuseio inadequado de máquinas e equipamentos, infraestrutura precária e operações arriscadas, como funções com exposição à energia elétrica.

5 etapas para implementação do gerenciamento de risco ocupacionais

Para implementar o programa de gerenciamento de risco ocupacionais na sua empresa, você pode seguir as seguintes etapas:

1- Identificação dos riscos

O primeiro passo é fazer um levantamento completo dos riscos presentes no ambiente de trabalho, considerando as características das atividades, dos processos e dos equipamentos.

2- Análise e avaliação dos riscos

Em seguida, é preciso analisar e avaliar os riscos identificados, determinando a probabilidade de ocorrência, a gravidade das consequências e a vulnerabilidade dos colaboradores.

3- Estabelecimento de medidas de controle

Com base na avaliação dos riscos, devem ser estabelecidas medidas de controle para prevenir ou reduzir os perigos, como uso de equipamentos de proteção individual (EPI), treinamentos e adaptações ergonômicas.

4- Implementação e monitoramento das medidas de controle

As medidas de controle devem ser implementadas e monitoradas constantemente, verificando sua eficácia e promovendo ajustes quando necessário.

5- Revisão e atualização do PGR

Por fim, é importante revisar e atualizar periodicamente o Programa de Gerenciamento de Riscos, levando em consideração mudanças significativas nas condições de trabalho (atividades, processos ou equipamentos) ou nos requisitos legais.

Como você pôde ver, o Gerenciamento de Risco Ocupacional é uma peça-chave para garantir a segurança e bem-estar dos colaboradores nas empresas. Através das cinco etapas abordadas neste artigo, é possível implementar um sistema eficaz, minimizando os perigos e melhorando a qualidade de vida no trabalho.

Para isso, é importante desenvolver e implementar uma Política de Segurança e Saúde do Trabalho, para saber mais sobre esse assunto, clique no link.

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